Mulher é um substantivo
que resiste às tempestades
que é feminino e altivo
e tão dado a liberdades
como ao amor mais cativo;
É uma linha num esboço
que curva no pescoço,
que se debruça nos seios
a mirar olhos alheios
e depois desenha o torso
perdido em devaneios
e novos rotundos enleios.
Mulher é água no deserto
que deixa os rapazes cheios
de sedes e de anseios;
é um lugar longe mas perto
onde uma cabeça pode
descansar sem receios.
Mulher é sextina, é ode
é quadra popular, é soneto
é uma canção tocada
por um jovem no coreto.
Mulher rainha por um dia
por toda a vida coroada:
quem a vê e quem a via
é cantada, celebrada
é pouco menos que nada
e um pouco mais que tudo,
é um vislumbre desnudo
num robe de seda pura.
Mulher é o querer, é o vício
é a resposta, é a cura,
é um momento propício
à beira dum precipício.
Mulher é uma aventura
uma guerreira e uma mãe
é um gesto de ternura,
é o porquê e o quem
e ao cair a noite escura
é uma mulher também.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
domingo, 4 de janeiro de 2009
"Verdades"
A vida e a morte são as constantes da existência,
Quer como estados ou apenas práticas,
Algumas d'humano são a crueldade e a clemência...
A verdade é bruta
A mentira é doce.
A mentira é bela sedutora humana
A verdade é bruta justa animal.
A mentira acaricia-nos, beija-nos, deixa-nos
E depois ri-se enquanto somos apanhados.
A verdade observa-nos e ri-se discreta no nosso delito,
Depois ergue-se da sua cadeira, esmurraça-nos até cairmos,
Fica imóvel, olha-nos acusadora até nós a aceitarmos...
Não nos deixa!
Gosto de brincar como mentira, penteá-la, elogiá-la,
Olhar nos olhos mergulhados em desejo...
Quer como estados ou apenas práticas,
Algumas d'humano são a crueldade e a clemência...
A verdade é bruta
A mentira é doce.
A mentira é bela sedutora humana
A verdade é bruta justa animal.
A mentira acaricia-nos, beija-nos, deixa-nos
E depois ri-se enquanto somos apanhados.
A verdade observa-nos e ri-se discreta no nosso delito,
Depois ergue-se da sua cadeira, esmurraça-nos até cairmos,
Fica imóvel, olha-nos acusadora até nós a aceitarmos...
Não nos deixa!
Gosto de brincar como mentira, penteá-la, elogiá-la,
Olhar nos olhos mergulhados em desejo...
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