ESPERO POR TI
Espero por ti
Em qualquer esquina
De qualquer rua
Qualquer jardim
Ou qualquer praça...
Não me esqueci
Dessa menina
Nem se atenua
Saudade em mim
Que queres que faça?
Espero por ti
Junto da fonte
Onde bebíamos
Sofregamente
Do nosso amor
Onde nos vi
Naquele monte
A flor colhíamos
Mas tu, ó gente!
Eras a flor
E aquele vale
O do ribeiro
Da nossa aldeia
Onde há o som
De água correndo,
Que nunca cale
Beijo primeiro!
E toda a teia
Que teve o dom
De ir sucedendo
Vivo e recordo
Os loucos beijos
Que então me deste
Soltos, sem lei
Tanto os senti!...
E hoje acordo
Sinto os desejos...
Mas tu morreste!
Não sei porquê
Espero por ti.
Joaquim Sustelo
(editado em UM POUCO DE SOL)
quarta-feira, 20 de maio de 2009
ÉS…
ÉS…
Tu sabes quanto me encantas
Mas vejo, ainda te espantas
Quando me vês querer-te tanto
Não sei que ideia é a tua
Quererás que diminua
Ou cesse todo este encanto?
Como posso então fazer
Se o facto só de te ter
Me deixa tão extasiado?
Esquecer-te, sabes... não posso!
Afastar-me? Oh vê o fosso
Que fica entre nós cavado!
Tu és a estrela que atrai
Nesta vida que já vai
Caindo num fim de tarde
És dos meus olhos o brilho
És a estrada és este trilho
Que percorro ao sol que arde
És desse sol a ardência
Que tenho por excelência
No caminho que percorro
Mas também sombra onde encosto
Água que bebo e que gosto
E que se não tenho... morro!
És a dona da magia
Que faz com que dia a dia
Queira ter-te aqui comigo
És a paz onde descanso
És a música que danço
És o meu porto de abrigo
És tudo, és luz, és ribalta,
Sonho real, glória alta,
Que encontrei na minha vida
És presente no futuro
Mais não quero nem procuro
Nem pode haver despedida!
Joaquim Sustelo
(em UM POUCO DE SOL)
Tu sabes quanto me encantas
Mas vejo, ainda te espantas
Quando me vês querer-te tanto
Não sei que ideia é a tua
Quererás que diminua
Ou cesse todo este encanto?
Como posso então fazer
Se o facto só de te ter
Me deixa tão extasiado?
Esquecer-te, sabes... não posso!
Afastar-me? Oh vê o fosso
Que fica entre nós cavado!
Tu és a estrela que atrai
Nesta vida que já vai
Caindo num fim de tarde
És dos meus olhos o brilho
És a estrada és este trilho
Que percorro ao sol que arde
És desse sol a ardência
Que tenho por excelência
No caminho que percorro
Mas também sombra onde encosto
Água que bebo e que gosto
E que se não tenho... morro!
És a dona da magia
Que faz com que dia a dia
Queira ter-te aqui comigo
És a paz onde descanso
És a música que danço
És o meu porto de abrigo
És tudo, és luz, és ribalta,
Sonho real, glória alta,
Que encontrei na minha vida
És presente no futuro
Mais não quero nem procuro
Nem pode haver despedida!
Joaquim Sustelo
(em UM POUCO DE SOL)
sábado, 16 de maio de 2009
Romeu e Julieta
Na calada da noite fria
subia a rua do desejo
assobiando a melodia
que era mais do que um beijo.
De longe via a tua janela
sorria pela sombra que estava
bonita, mesmo bonita era ela
o momento que eu amava.
"Amar é mais difícil que viver"
como dizia um poeta.
E eu nao sei se quero saber
o fim de Romeu e Julieta.
subia a rua do desejo
assobiando a melodia
que era mais do que um beijo.
De longe via a tua janela
sorria pela sombra que estava
bonita, mesmo bonita era ela
o momento que eu amava.
"Amar é mais difícil que viver"
como dizia um poeta.
E eu nao sei se quero saber
o fim de Romeu e Julieta.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
A besta Divina
A besta divina
Ser humano, a dança que está entre
As quatro patas e sumir, aparecer.
É a plenitude, frio e quente, nunca sempre,
Dos desequilíbrios, subir descer descender.
É o conseguir a queda apreciar
Sem no chão se imobilizar…
É um inspirar decisivo,
Um sopro decidido.
É um deslizar, cair e magoar,
Feliz por doer poder chorar,
Sabe saborear beber desejar,
Sentir cheirar conseguir descrever,
Dar ajudar fazer crescer!
Humano apenas enquanto vivo,
Pois pode deus ou animal se fazer.
E acredite, creia, crie e recorde.
Nós somos memória,
E só pela memória
Nos livraremos da morte.
Ser humano, a dança que está entre
As quatro patas e sumir, aparecer.
É a plenitude, frio e quente, nunca sempre,
Dos desequilíbrios, subir descer descender.
É o conseguir a queda apreciar
Sem no chão se imobilizar…
É um inspirar decisivo,
Um sopro decidido.
É um deslizar, cair e magoar,
Feliz por doer poder chorar,
Sabe saborear beber desejar,
Sentir cheirar conseguir descrever,
Dar ajudar fazer crescer!
Humano apenas enquanto vivo,
Pois pode deus ou animal se fazer.
E acredite, creia, crie e recorde.
Nós somos memória,
E só pela memória
Nos livraremos da morte.
sábado, 9 de maio de 2009
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